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Expandir horizontes da educação com recurso à Inteligência Artificial

Expandir horizontes da educação com recurso à Inteligência Artificial

É com esta visão futurista que os participantes de uma palestra subordinada ao tema “Transformando a Educação em Clima e Saúde: como a Aprendizagem de Máquina pode ajudar a antecipar o quase-imprevisível” saem da 4ª Edição do Dia do Ensino com Recurso à Tecnologia, havida esta Sexta-feira, no Campus Principal da Universidade Eduardo Mondlane.

“O caminho a seguir passa pelo desenvolvimento de módulos curriculares baseados em inteligência artificial, aperfeiçoamento de professores em técnicas pedagógicas baseadas em Machine Learning assim como facilitar a planificação e a apresentação de aulas assistidas por IA”, alertou o orador principal, o investigador e docente da UEM, Prof. Doutor Genito Maúre.

O académico argumenta que, por exemplo, a Inteligência Artificial (IA) pode ajudar a enfrentar os desafios climáticos e de saúde que assolam o país. A fonte explicou que, ao tirar partido deste potencial tecnológico, podemos obter informações valiosas para antecipar e mitigar os impactos imprevisíveis das alterações climáticas nas populações vulneráveis, bem como enriquecer as habilidades analítica dos estudantes que precisam de estar preparados para os desafios futuros.

Entretanto, alerta que, no âmbito do uso da inteligência artificial, há desafios éticos a ter em conta, nomeadamente assegurar a protecção de dados sensíveis relativos à saúde e ao clima, identificar e atenuar potenciais enviesamentos de modelos de inteligência artificial que possam conduzir a resultados injustos ou discriminatórios para a população vulnerável.

Para o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, a Inteligência Artificial “é uma tecnologia que promete expandir os horizontes da educação, oferecendo novas ferramentas e abordagens que são essenciais para a nossa evolução num ambiente de recursos limitados.” Guilherme Júnior vê a IA como uma força transformadora, com o potencial de revolucionar não apenas as metodologias de ensino, mas também a investigação e a gestão académica.

O Reitor explicou que a transformação digital não pode ser vista como uma escolha, mas sim, como uma necessidade imperativa, especialmente num contexto de crise financeira e, para o efeito, “precisamos optimizar recursos, inovar nas nossas práticas e encontrar maneiras eficientes de utilizar a tecnologia para melhorar a qualidade do ensino, a pesquisa e a gestão universitária. Neste contexto, a transformação digital da UEM deve ser um esforço colectivo. Todas as unidades académicas e administrativas devem se alinhar a este objectivo comum, contribuindo com ideias, recursos e esforços para que possamos superar as adversidades financeiras e, ao mesmo tempo, continuar a elevar o padrão de excelência da nossa universidade”, alertou.

Por sua vez, o Director do Centro de Informática da UEM, Doutor Luís Neves, disse que o evento constitui uma oportunidade para a promoção de uso sustentável de tecnologias na educação a nível da Universidade. “É notável, em Moçambique, uma evolução em termos de uso de tecnologias como ferramentas pedagógicas e a UEM tem se destacado nessa jornada, buscando novas ferramentas e métodos para enriquecer conteúdos pedagógicos e adaptar-se às necessidades emergentes”, reconheceu.

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